A Fetaes sempre buscou valorizar e fortalecer a agricultura familiar capixaba, e para isso vem desenvolvendo e trabalhando projetos que visam auto-sustentabilidade para os agricultores familiares.
Pensando nisso, a Fetaes, trouxe para dentro da entidade o projeto Pais – Produção Agroecológica Integrada e Sustentável: Agroecológica, pois trata-se de um sistema de produção baseado na preservação e respeito ao solo, ao meio ambiente e ao homem, em condições trabalhistas, econômicas e sociais justas; Integrada, por aliar a criação de animais com a produção vegetal e ainda utilizar insumos da propriedade em todo o processo produtivo; e Sustentável, porque preserva a qualidade do solo e das fontes de água, incentiva o associativismo dos produtores e aponta novos canais de boas colheitas agora e no futuro.
O PAIS trata-se de uma tecnologia social que está sendo reaplicada em diversas regiões do estado, com baixo custo e tendo, como premissa, o manejo orgânico da produção, fugindo da produção convencional e incentivando os agricultores a adotarem em sua propriedade uma policultura.
O projeto é uma parceria entre Fetaes, Fundação Banco do Brasil e Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, que tem proporcionado a transformação sócio-econômica de várias comunidades rurais do estado e, conseqüentemente, a melhoria na qualidade de vida de centenas de agricultores capixabas.
Desde a sua implementação, em 2010, o PAIS (convênio Fetaes, Fundação Banco do Brasil e BNDES), por se tratar de um projeto socialmente justo, ecologicamente correto, culturalmente aceito e economicamente viável, já foi instalado em 94 áreas que trabalham a agricultura familiar, nos municípios de Afonso Cláudio, Iúna, Irupi, Mimoso do Sul, Pinheiros, Santa Leopoldina e Santa Maria de Jetibá.
O projeto possui baixo custo por se tratar de pequenas unidades, em sua maioria com menos cinco mil m2. No centro desse sistema circular, temos um espaço para a criação de pequenos animais, no caso, galinhas caipiras. O esterco produzido pelas aves é utilizado para adubar a horta, e os ovos para alimentação e/ou comercialização. Ao entorno do galinheiro são preparados os canteiros. Assim, é analisado a prospecção do potencial produtivo de cada unidade produtiva selecionada para implantação do sistema PAIS e implementados os sistemas de produção de acordo com as potencialidades identificadas em cada região.
Atualmente, o modelo de produção convencional não trabalha o solo, apenas fertiliza pontualmente a planta para ter uma produtividade alta e rápida, entretanto com a passar do tempo, e o excesso de produtos tóxicos, o solo fica improdutivo. Com técnicas de manejos simples e sustentáveis, o PAIS estimula o agricultor a trabalhar o solo, de modo que ele tenha nesse pequeno espaço de terra altas produtividades.
Ao longo de 18 meses de trabalho e assistência técnica, todas as famílias de agricultores beneficiadas com o projeto são capacitadas em tecnologias, gestão empreendedora e comércio justo e mercado para melhor gerir as unidades PAIS instaladas em suas propriedades. Dessa forma, são aplicadas oficinas com enfoque em tecnologias de produção, em fortalecimento da cooperação, em formação de redes associativas e organização de grupos familiares produtivos, em comportamento empreendedor, em planejamento, controles, além de serem realizadas ações voltadas para potencializar a comercialização dos produtos de forma a contribuir com o acesso dos produtores aos mercados.
OBJETIVOS DO PAIS:
Valorizar a agricultura familiar e suas diversas formas de organização, assim como, propiciar a inclusão dos (as) assentados (as) dos programas de reforma agrária no processo produtivo e de comercialização;
Produzir alimentos limpos e sadios;
Implantar sistema agroecológico de produção;
Promover o desenvolvimento rural sustentável e solidário, mostrando as experiências nas áreas ambiental, social, produtiva e de comercialização.
Dar visibilidade às políticas de geração e gênero (mulheres, jovens e terceira idade);
Propiciar retorno econômico e social, gerando riquezas para a comunidade;
Propiciar meios de permanência da mulher, do homem, e do jovem rural no campo;
Promover política de geração de emprego e renda, melhorando a qualidade de vida nas comunidades;